Prefeito aciona extração de vapores tóxicos no Mansões Santo Antônio
- ambientecampinas
- 5 de jun. de 2014
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O sistema para extração de vapores tóxicos no bairro Mansões Santo Antonio foi acionado nesta quinta-feira, dia 5, pelo prefeito Jonas Donizette e pelo secretário do Verde, Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes, no Dia Mundial do Meio Ambiente.
Reunindo moradores no salão de um dos prédios do Residencial Parque Primavera, que há mais de 10 anos enfrenta o passivo ambiental sem nenhuma medida concreta, prefeito e secretário explicaram o alcance do serviço. O prefeito elogiou a atuação da Secretaria do Verde e afirmou que vem trabalhando para o ordenamento da cidade.
Jonas também salientou que o envolvimento com questões ambientais vai além da parte técnica, envolvendo amor e dedicação. “Temos de buscar o modelo correto e pensar que cidade queremos para nossos filhos e netos”, disse o prefeito.
“Nas primeiras conversas, ainda na transição de governo, o prefeito me pediu que o caso Mansões Santo Antonio fosse prioridade”, afirmou o secretário do Verde, Rogério Menezes. Também participaram do evento vereadores ligados à Comissão de Meio Ambiente, o presidente do Conselho de Meio Ambiente (Condema), Carlos Alexandre Silva, e moradores do condomínio. Além disso, oito personalidades de destaque pela atuação na área ambiental foram homenageadas e receberam diploma de mérito socioambiental.
Os envolvidos falaram do grande significado do evento, uma vez que, passados mais de 10 anos, o Poder Público apresenta respostas concretas ao problema do passivo ambiental. A síndica do condomínio, Angélica Soares, comemorou a iniciativa. “Em nome do condomínio Parque Primavera, quero agradecer à Prefeitura. Nenhuma gestão anterior se sensibilizou com a causa. Estamos à disposição para cooperar no que for necessário para uma solução definitiva”, afirmou Angélica.
O sistema de extrações de vapores de compostos orgânicos voláteis (VOC) no contrapiso do bloco “A” do Residencial Parque Primavera é uma medida mitigadora que visa diminuir o risco à saúde dos moradores. São 45 famílias atualmente no local.
O sistema foi contratado para operar pelo período de 10 meses, até abril de 2015, com custo total de R$ 813 mil, por meio de parceria público-privada, sem investimento direto de recursos financeiros pela Prefeitura. A implantação do sistema é uma contrapartida de uma empresa privada, que não possui qualquer relação jurídica com a área em questão.
As próximas etapas do enfrentamento já estão sendo elaboradas e aguardam manifestação da Cetesb, órgão estadual gestor de áreas contaminadas, para estabelecer as etapas de remediação e monitoramento do local. A Prefeitura assumiu o caso em 22 de novembro de 2013 e encaminhou à Cetesb solicitando manifestação sobre o conteúdo dos estudos técnicos realizados pela consultoria Aecom, passo essencial para a definição dos estudos complementares e das medidas de remediação.
Homenageados
Os homenageados foram o inspetor da Guarda Municipal e instrutor de Meio Ambiente na formação de GMs e autor de dois livros relacionados à sustentabilidade, Isaias Ferreira Faro; o topógrafo e ex-funcionário da Sanasa que participou de projetos relacionados ao Rio Atibaia, Alvaro Galette; o barbeiro de profissão e grande defensor do Rio Atibaia, tendo recebido a medalha Chico Mendes, Rubens Godoy; a ecobrinquedista do Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, pedagoga, bióloga e ex-funcionária da Secretaria de Educação, Tereza Miriam Pires Nunes.
A lista de homenageados incluiu ainda o navegador e jornalista Hugo de Godoy Urbina Telles; a professora no Vale do Ribeira e coordenadora de ação comunitária em escolas, Luiza Alonso da Silva; o arquiteto Flávio Gordon, que foi chefe da divisão de Meio Ambiente na Secretaria Municipal de Saúde e atuou no grupo técnico de avaliação da contaminação no Mansões Santo Antonio, como presidente do Condema e na Secretaria do Verde. Flávio é viúvo da arquiteta Gisela Heller Gordon, que também foi homenageada pelo trabalho relacionado à urbanização de favelas, coordenadora ambiental e atuante em planos de gestão urbana, Área de Proteção Ambiental (APA) e plano diretor do município.
Histórico
O Mansões Santo Antonio é um bairro de Campinas e está entre os 10 locais incluídos na relação das áreas contaminadas críticas, segundo a Cetesb. Na área, a empresa Concima S.A. Construções Civis implantou, na rua Hermantino Coelho, 908, a partir do final dos anos 1990, um conjunto de apartamentos residenciais chamado de Parque Primavera.
Antes de ser adquirido pela construtora, o local foi ocupado pela Proquima Produtos Químicos Ltda., que trabalhava com recuperação de solventes. Recorrente em infrações e práticas ambientais inadequadas, o resultado da atuação da empresa foi a contaminação do solo e das águas subterrâneas, confirmada somente em 2001, quando já haviam sido construídos três edifícios, um dos quais já ocupado.
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